quarta-feira, dezembro 29, 2010

Fim de Ano...

O ano de 2010 se despede de nós. Um ano que marcou a invernada artística de nosso CTG Sentinela da Querência profundamente. Posso dizer que o ano começou ainda em 2009 com o convite da patronagem para trabalhar (prefiro este termo que o de “coordenar”, pois que, me soa tão arrogante essas posições e postos em meio a tantos amigos) com o grupo adulto de nossa casa; convite esse que se estenderam aos demais grupos.
Inscrições abertas, como todo verão sempre é, minha surpresa com esse 2010 começou ali - por motivos particulares a grande maioria da então formação do grupo adulto 2009, não retornaria. A mim causou estranheza e espanto. Mas na certeza que as pessoas passam e a instituição segue, encontrei em março um novo grupo adulto; peculiar e acima de tudo novo.
Começamos o trabalho com nova formação musical – visto que alguns integrantes do grupo musical não quiseram mais continuar na casa ou, por motivos particulares optaram até por nem responder nosso chamado – seguiu a voz firme e determinante de Deborah Rosa (que conseguimos convencer a concorrer individualmente como intérprete – caso a parte...), o balanço da percussão com a ‘cria da casa’ Vanderson Rocha, ainda o retorno do violão e da alegria do amigo Luciano Rodrigues, a voz firme e experiente do violonista Everton Vaz – o nosso ‘Tatu’ e o nosso sem igual Julio Pereira e sua gaita (que após a aprovação em concurso público para professor universitário teve que nos deixar) assumindo seu posto Cezar Leal, que chegou, encantou e se tornou dos melhores parceiros e amigos deste 2010.
Mas, grupo adulto a parte – até porque me propus junto à equipe de trabalho da artística a ser diferente do que costumávamos ver todos os anos, tudo e todos pelo adulto e demais grupos em segundo ou terceiro plano – vamos as nossas bases.
Atendendo nossa iniciativa, criamos junto a artística um “coordenador para individuais”; porque apesar da grandiosidade de nosso grupo adulto e suas participações no ENART, mal tínhamos os três individuais que o regulamento manda para a participação do mesmo, quem dera nas demais categorias. A nossa “tia” Carmem Guedes assumiu e ‘comprou a briga’ e, rapidamente um grupo de chuleadores mirins estava formado (com o ‘sempre Sentinela’ Thales Guedes nos trabalhos) e uma nova geração de declamadores se formou. Com a experiência da Carmem, e claro do ‘tio’ Sérgio Guedes, formou-se verdadeira escolinha de declamação; a idéia inicial era um músico exclusivo para os individuais (infelizmente financeiramente não foi possível a viabilização desta idéia) e assim, com toda sua simpatia e acima de tudo vontade de aprender e se fazer presente o ‘tio’ Fernando Ramos tomou para si o acompanhamento de nossos individuais. Tornou-se constante nesse 2010, estar lá ensaiando o grupo adulto e, entre um intervalo e outro, assumir o palco nossas crianças para declamar...
Falando em crianças, nosso mirim cresceu e muito no que diz respeito ao número de pares na sala; eram crianças que não paravam de chegar e, precisavam e queriam aprender a dançar. Ao nos darmos conta que isso atrapalharia o trabalho do sempre sério Telmo Almansa, as menores, foi dada atenção a parte e assim, junto ao nosso Galpão a ‘tia’ Luciana Righi com o trabalho do Patrick Fontoura (peão ‘histórico’ do grupo adulto) formou-se nossa Escolinha de Danças, o nosso “Pré-Mirim” com alguns componentes e que, além do imaginado seguiu crescendo até lotar o Galpão. Trajes específicos e muita alegria fizeram as crianças do Pré Mirim tornarem-se ‘a menina dos olhos’ de nossa artística com suas apresentações que nos enchem de graça e orgulho. Tanto que a formação desse Pré Mirim e o carinho que temos por ela se tornaram tema de projeto apresentado pelo grupo adulto no SAT (Seminário de Aperfeiçoamento Tradicionalista) junto a sua inscrição no ENART 2010.
Falava que nosso mirim cresceu em número de integrantes. Nosso mirim cresceu sim em força e altivez. O trabalho dedicado e carinhoso da ‘tia’ Rita Cantarelli e do competente Telmo fez ser visto a ‘olhos nus’ o entusiasmo que assumiu nossas crianças e suas tão belas e premiadas participações em rodeios; tornado-se com certeza um dos grupos de maior projeção deste 2010, ao, já projetar em pouco tempo um belo juvenil e quem dera a nós um adulto brilhante.
Juvenil foi um caso a parte. Com a desmotivação de nossos jovens em não participar de rodeios e concursos estaduais (e assim ensaiar por ensaiar em casa) coube ao Telmo Almansa e a Angélica Silva na coordenação dos trabalhos (integrante do grupo adulto) a missão de trazê-los de volta e motivá-los. Como? Ao propormos junto ao grupo que já se formara novamente a participação no JUVENART 2010 (que prontamente foi bem visto pela patronagem - mesmo sabendo que surgiriam boatos quanto a esta participação e a organização do evento – sabíamos o que isso faria em nosso grupo!) seguiu-se o que nunca vimos nestes anos de Sentinela; ensaios extras, coragem e determinação de um grupo que em dois meses se fez guerreiro e, de roupa nova, foram pro estadual nos encher de alegria, emoção e acima de tudo orgulho.
JUNENART 2010 foi uma vitória que nossa invernada artística tem a comemorar. Com exceção de nosso Juvenil (sua coordenação e ‘pais’) que por motivos óbvios não trabalharam na organização do evento; vimos toda nossa artística (bem como a artística de outras entidades tradicionalistas de nossa cidade) envolvidos na organização e operacionalização de um Farrezão que transbordou coordenação e eficiência (que o diga Oralda, Ione e Vanderlei!). Foi uma festa sem igual em todas as edições (até mesmo o medo de um possível prejuízo financeiro caiu por terra com o lucro que o evento trouxe). A grandiosidade que o evento tomou, a ampla cobertura da mídia são os testemunhos de um trabalho em equipe muito bem feito onde a estrela maior foi o CTG Sentinela da Querência.
Nosso Xirú seguiu como sempre imaginamos um esteio – de alegria, perseverança e acima de tudo dedicação a nossa casa. Trajes novos no inicio do ano (para sepultar de vez problemas de 2009) e coreografia elaborada, tornaram nossos veteranos exemplo que: mais que competir, somos mais Sentinelas acima de tudo! A Jaqueline Scherer que o diga com seu trabalho abnegado e sua equipe ‘Xirua’ sempre pronta pro que der e vier.
Coral Nativista (e a incansável ‘tia’ Ione) e as Cupinchas de Prata (com o trabalho abnegado da ‘tia’ Nanci Berger e Diana Berger) seguiram seus brilhantes caminhos, plantados à algum tempo. Organização, apego e sinceridade de propósitos que nos fazem ter a certeza que sempre vale a pena continuar. Sempre vale a pena trabalhar. Sempre vale a pena ter amigos.
Bonito foi ver e ficar registrado a alegria e a espontaneidade de toda a artística, de pré-mirim à Cupinchas de Prata no momento máximo da tradição gaúcha - Desfile do 20 de Setembro. Como há anos não se via, talvez nunca tenhamos tido, chegou faltar lugar em nossos caminhões; uma festa que começou dia antes, na montagem de tudo, onde a gurizada do juvenil e a chiruzada emocionados montaram nosso desfile que lá se foi pra Av. Medianeira, engalanados e acima de tudo dispostos a cantar e dançar o ‘ser’ Sentinela. Orgulhosos lá passou o caminhão do adulto e juvenil dançando pau-de-fitas com nosso musical, e muito truco; belo casamento e batizado pelo Xirú e Cupinchas de Prata, mirim e pré-mirim com crianças cantando e dançando a paz e, um sem quadros temáticos que levamos.
Aliás, foi assim o ano inteiro, todos empenhados e comprometidos com sua ‘casa’ - um Filó com toda artística e casa cheia com muita alegria; um Jantar Italiano decorado com ajuda do grupo adulto e boa festa do grupo Xirú; Festa Junina aos moldes típicos gaúchos para a diversão de nossas crianças nas barracas de brincadeiras sem contar, as promoções específicas como o Encontro de Corais (promovido por nosso Coral, sucesso total) e Sarau de Xirus (casa cheia com Os Monarcas). Também nos encheu de brilhos e felicidade nossas prendas estarem e serem integrantes de nossa invernada artística – Lilian, Lorrana, Mariana – todas, bailarinas, declamadoras e cantoras.
Voltando ao adulto... Como dizia uma nova formação se fez, com pouquíssimos bailarinos da formação 2009; e quando digo novo, porque é novo mesmo: uma nova maneira de pensar, uma nova maneira de agir. Todos que aqui chegaram para integrar o grupo tiveram e, tem a oportunidade de estarem dançando (afinal esse é a nossa maior desculpa para estarmos juntos - a dança e, não a competição desenfreada!), tivemos o prazer de ver o tão conhecido ex-avaliador e, acima de tudo manacial de conhecimento a cerca do ser gaúcho, Sandro Nicoloso e a querida Luciana Fagundes explanar e, junto com o grupo bailar e fazer bailar aqueles que nunca se quer tinha posto uma pilcha; e junto com Rita Cantarelli, construir, assim mais que um grupo; construir uma família que entende a sua real participação e comprometimento com a entidade. E estendeu seus conhecimentos além do ‘simples’ dançar gaúcho ao tomar conhecimentos técnicos e artísticos a cerca do corpo e da vivencia artística com os atores e diretores teatrais e circenses Ricardo Paim e Patrícia Garcia (exemplos de profissionalismo e companheirismo a todos nós – OBRIGADO).
Grupo que, não trouxe a tão esperada classificação para a final em danças tradicionais - a final do ENART 2010, mas soube como nenhum outro absorver os resultados e principalmente unidos, torcer e vibrar com nossos individuais em Santa Cruz. Sim foi a primeira vez que chegamos à final do ENART com tantos individuais lá (vale lembrar que são mais de 20 modalidades de participação no estadual e, estivemos representados em 8 modalidades com finalistas em: Declamação/masculina – Sérgio Guedes e Itamar Fraga; Declamação/feminino – Carmen Guedes; Dança de Salão – Tatiana Teixeira e Itamar Fraga; Trova de Martelo e Mi Maior de Gavetão – Reimar Barcellos; Intérprete Solista Vocal Masculino – Lucca Pilla e Intérprete Solista Vocal Feminino – Deborah Rosa). Com nosso grito maior pela premiação de Deborah Rosa, 3º Lugar Intérprete Solista Vocal Feminino; voz que os enche de orgulho.
Como já foi dito, um grupo novo e pessoas novas; a faixa etária de nosso grupo adulto caiu consideravelmente e encerra este ano ensaiando em conjunto com nosso juvenil que, passa pela mesma situação – são jovens que enfrentam nessa virada de ano PEIES e vestibular; a eles nosso desejo de boa sorte! E, retornamos em janeiro (sim, não vamos parar no verão!) em trabalhos já voltados para o ano de 2011 buscando novas maneiras de pensar e trabalhar a dança tradicional.
De minha parte fica o agradecimento a Patronagem pela confiança na minha qualificação acadêmica e acima de tudo nos anos de Sentinela; e ao empenho dedicado a nossa artística; a uma equipe de trabalho que espontaneamente se formou pelo bem maior de nossos grupos; aos amigos de outras entidades que sempre estiveram junto a nós entendendo que maior que competições somos AMIGOS. A minha família que sempre Sentinela, sempre me apoiou; A Deborah pelo companheirismo e luta incansável a meu lado.
A uma diferença entre ser e estar. Sempre tive isso bem definido em minha vida. Fica aqui o agradecimento de quem “esteve” coordenador e quem sempre “será” SENTINELA... Obrigado a todos por um 2010 que nunca se apagará de nossas lembranças.

Luciano Santos

Mestre em Artes Visuais, Artista Visual, Artesão, Crafter, Figurinista que, esteve Coordenador Artístico CTG Sentinela da Querência 2010 e SEMPRE será Sentinela...

quinta-feira, setembro 09, 2010

Viva!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" pra ser insignificante.

Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara muitas vezes"!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar!
Charles Chaplin

terça-feira, setembro 07, 2010

"Afinidade acontece...
Um mesmo signo, um mesmo par de sapatos caramelo, um mesmo livro de cabeceira. Afinidade acontece entre seres humanos. A mesma frase dita ao mesmo tempo, o diálogo mudo dos olhares e a certeza das semelhanças entre o que se canta e o que se escreve...
 Afinação acontece...
 Um mesmo acorde, um mesmo som, uma mesma harmonia. Afinação acontece entre instrumentos musicais. A mesma nota repetidas vezes, a busca pela perfeição sonora e a certeza das similaridades entre um tom acima e um tom abaixo...
 A incrível mágica acontece quando os instrumentos musicais descobrem afinidades humanas entre si no mesmo instante em que os seres humanos descobrem afinações musicais dentro deles mesmos".

Fernando Anitelli

sábado, julho 03, 2010

CIRCULO

O símbolo do círculo (3)


Na aurora da Renascença uma mudança revolucionária começou a ocorrer na concepção que o homem fazi a do mundo. O movimento "para o alto" (que alcançara o seu clímax no final da Idade Média) foi inverti do; o homem voltou-se para a terra. Redescobriu as belezas do corpo e da natureza, fez a primeira viagem de circunavegação do globo e provou que o mundo era uma esfera. As leis da mecânica e da causalidade tornaram-se o fundamento da ciência.
O mundo do sentimento religioso, do irracional e do misticismo, que tivera um papel tão importante na época medieval , estava cada vez mais oculto pelos triunfos do pensamento lógico.
Da mesma maneira, a arte tomou -se mais realista e mais sensual. Libertou-se dos temas religiosos da Idade Média e abrangeu a totalidade do mundo visível. Foi dominada pela multiplicidade de aspectos da terra, por seus esplendores e horrores, e tornou-se o que fora a arte
gótica: um verdadeiro símbolo do espírito da época. Assim, dificilmente poderemos considerar acidental a mudança ocorrida também na arquitetura eclesiástica. Em contraste com as elevadas
catedrais góticas, fizeram-se mais plantas baixas circulares. O círculo substituiu a cruz latina.
Esta mudança de forma, no entanto — e é o que importa para a história do simbolismo —,
deve ser atribuída a causas estéticas e não religiosas. E a única explicação possível para o fato
de o centro dessas igrejas redondas (o verdadeiro lugar "sagrado") ser um espaço vazio, enquanto o altar se ergue fora deste centro, no recanto de uma parede. Por este motivo não se pode descrever este plano como uma mandala. Exceção importante é a Igreja de São Pedro, em Roma, construída segundo plantas de Bramante e Miguel Ângelo, situando-se o altar no centro.
Temos a tentação de atribuir esta exceção à genialidade dos arquitetos, pois os grandes gênios
transcendem sempre a sua época.
A despeito de alterações consideráveis nas artes, na filosofia e na ciência produzidas pela
Renascença, o símbolo central do cristianismo manteve-se imutável. O Cristo continuou a ser
representado sobre a cruz latina, como ainda hoje. Isto significava que o centro do homem religioso permanecia baseado em um plano mais elevado e espiritual do que o do homem terrestre, que retornava à natureza. Assim, fez-se uma divisão entre o cristianismo tradicional e a mente racional ou intelectual. Desde aquela época, estes dois aspectos do homem moderno
nunca mais se encontraram. Com o correr dos séculos, e à medida que se ampliava o conhecimento da natureza e de suas leis, esta divisão mais se alargou; e ainda hoje em dia separa a psique do cristão ocidental.
Certamente, o breve resumo histórico que aqui apresentamos foi muito simplificado. Além
do mais, ele omite os movimentos religiosos secretos dentro do cristianismo que cuidavam, nas
suas crenças , do que era ignorado pela maioria dos cristãos: o problema do mal, do espírito ctoniano (ou terrestre). Tais movimentos foram sempre minoritário s e raramente exerceram
qualquer influência visível. A seu modo, porém, realizaram o importante papel de um acompanhamento em contraponto com a ES piritualidade cristã.
Entre as muitas seitas e movimentos que surgiram por volta do ano 1000, os alquimistas
ocuparam lugar especialmente importante. Exaltaram os mistérios da matéria e colocaram nos
no mesmo plano daqueles de espírito "celeste" do cristianismo. O que buscavam era a totalidade humana que abrangesse corpo e mente, e para representá-la inventaram inúmeros nomes
e símbolos. Um dos seus símbolos principais foi a quadratura circuli (a quadratura do círculo), que nada mais é que uma mandala.
JUNG, Carl G. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1964.

segunda-feira, junho 14, 2010

O segredo do sucesso é a constância do propósito.
Benjamin Disraeli

CONTINUIDADE

Significado de Continuidade: s.f. Caráter do que é contínuo.
Solução de continuidade, interrupção que se apresenta no desenvolvimento de um corpo, obra, fenômeno.



sábado, junho 05, 2010

Se te faltar os recursos,
se te faltar o conhecimento,
se te faltar até mesmo a luz e as pessoas,
cuida de posicionar no campo de batalha
e lutar com as principais armas de um guerreiro:
a paixão e o espírito!
Augusto Branco

quinta-feira, junho 03, 2010

"Eu creio em mim mesmo.
Creio nos que trabalham comigo, creio nos meus amigos e creio na minha família.
Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que eu me esforce para alcançar com meios lícitos e honestos.
Creio nas orações e nunca fecharei meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação a fim de ser paciente com os outros e tolerante com os que não acreditam no que eu acredito.
Creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não depende da sorte, da magia, de amigos, companheiros duvidosos ou de meu chefe.
Creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar.
Serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que eles sejam comigo.
Não caluniarei aqueles que não gosto.
Não diminuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem.
Prestarei o melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo triunfar na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz.
Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que às vezes ofendo os outros e necessito de perdão."

Mahatma Gandhi

terça-feira, junho 01, 2010

"Donaire"

Significado de Donaire: s.m. Elegância, graça, garbo.

Fonte: Dicionário On-line de Português in  http://www.dicio.com.br/donaire/
 

terça-feira, maio 25, 2010

O Símbolo do círculo (2)

... “Encontramos muitas mandalas na arte pictórica cristã, como a raríssima imagem da Virgem no centro de uma árvore circular, que é símbolo divino do evônimo. As mais comuns são as que representam Cristo cercado pelos quatro evangelistas. Têm sua origem nas antigas representações egípcias do deus Horo com seus quatro filhos.
Na arquitetura a mandala também ocupa um lugar relevante— embora às vezes passe despercebido. Constitui o plano básico das construções seculares e sagradas de quase todas as civilizações; figura no traçado das cidades antigas, medievais e mesmo modernas.
Um exemplo clássico aparece no relato de Plutarco sobre a fundação de Roma. De acordo com Plutarco, Rômulo mandou buscar arquitetos na Etrúria que lhe ensinaram costumes sacros e leis a respeito das cerimônias a serem observadas — do mesmo modo que nos "mistérios". Primeiro cavaram um buraco redondo — onde se ergue agora o Comitium, ou Congresso — e dentro dele jogaram oferendas simbólicas de frutos da terra. Depois cada homem tomou um pouco de terra do lugar onde nascera e jogou-a dentro da cova feita. A esta cova deu-se o nome de mundus (que também significava o cosmos). Ao seu redor Rômulo, com uma charrua puxada por um touro e uma vaca, traçou os limites da cidade em um círculo. Nos lugares planejados para as portas retirava-se a relha do arado e carregava-se a charrua. A cidade fundada sob esta cerimônia solene tinha forma circular.
No entanto, a velha e famosa descrição de Roma refere-se à urbs quadrata, a cidade quadrada. De acordo com uma teoria que tenta explicar esta contradição a palavra quadrata deve ser entendida como quadripartita, isto é, a cidade circular dividida em quatro partes por duas artérias principais que corriam de norte a sul e de leste a oeste. O ponto de interseção coincidia com o mundus mencionado por Plutarco.
De acordo com outra teoria , a contradição pode ser compreendida como um símbolo, isto é, como a representação visual do problema matematicamente insolúvel da quadratura do círculo, que tanto preocupava os gregos e que deveria ocupar um lugar tão significativo na alquimia. Estranhamente, também Plutarco, antes de descrever a cerimônia do traçado do círculo por Rômulo, refere-se a Roma como Roma quadrata. Para ele, Roma era, a um tempo, um círculo e um quadrado. Em cada uma destas teorias está sempre envolvida a mandala verdadeira, e isto condiz com a declaração de Plutarco de que a fundação da
cidade foi ensinada a Rômulo pelos etruscos, "como nos mistério s", como um rito secreto. Era mais do que uma simples forma exterior. Por sua planta em forma de mandala a cidade, com seus habitantes, é exaltada acima do domínio puramente temporal. E isto é ainda acentuado pelo fato de a cidade ter um centro, o mundus, que estabelece a sua relação com "outro" reino, a morada dos espíritos ancestrais. (O mundus era coberto com uma grande pedra, chamada a ''pedra da alma''. Em certas ocasiões a pedra era removida e, dizia-se, os espíritos dos mortos saíam da cova.)
Inúmeras cidades medievais foram edificadas sobre a planta -baixa de uma mandala e rodeadas por muralhas de forma aproximadamente circular. Nestas cidades como em Roma, as artérias principais dividiam-nas em "quartos" e levavam a quatro portões. A igreja ou a catedral erguia-se no ponto de interseção destas artérias. O modelo de inspiração destas cidades fora a Jerusalém Celeste (do Livro do Apocalipse), que tinha uma planta-baixa de formato quadrado e muralhas que comportavam três vezes quatro portões. Mas Jerusalém não tinha um templo no seu centro, já que este era a presença próxima de Deus. (A planta de uma cidade em forma de mandala não está fora de moda. Washington, D.C. é um exemplo atual.) A planta -baixa em forma de mandala nunca foi, tanto na arquitetura clássica quanto
na primitiva, ditada por considerações estéticas ou econômicas. Era a transformação da cidade
em uma imagem ordenada do cosmos, um lugar sagrado ligado pelo seu centro ao "outro"
mundo. E esta transformação estava conforme os sentimentos e necessidades vitais do homem religioso. Toda construção, religiosa ou secular, baseada no plano de uma mandala é uma projeção da imagem arquetípica do interior do inconsciente humano sobre o mundo exterior. A cidade, a fortaleza e o templo tornam-se símbolos da unidade psíquica e, assim, exercem influência específica sobre o ser humano que entra ou que vive naquele lugar. (É inútil salientar que mesmo na arquitetura a projeção do conteúdo psíquico é um processo puramente inconsciente. "Estas coisas não podem ser inventadas", escreveu o Dr. Jung, "devendo ressurgir de profundezas esquecidas para expressar as mais elevadas percepções da consciência e as mais sublimes intuições do espírito, unindo assim o cárater singular da consciência moderna com o passado milenar da humanidade.'')
O símbolo central da arte cristã não é a mandala, mas a cruz ou o crucifixo. Até a época carolíngia a forma usual era a cruz grega ou eqüilateral, e portanto a mandala estava indiretamente envolvida naquele desenho. Mas com o correr do tempo o centro deslocou-se para o alto até que a cruz tomou sua forma latina, com a estaca e o travessão, como se usa até agora. Esta evolução é importante porque corresponde à evolução interior da cristandade até uma época adiantada da Idade Média. Em termos mais simples, simboliza a tendência para deslocar da terra o centro do homem e sua fé e "elevá-lo" a uma esfera espiritual. Esta tendência surgiu do desejo de traduzir em ação as palavras de Cristo: "Meu reino não é deste mundo." A vida terrena, o mundo, o corpo eram, portanto, forças a serem vencidas. As esperanças do homem medieval estavam dirigidas para o além, pois só o paraíso lhe acenava com a promessa de uma realização total.
Esta busca alcançou seu clímax na Idade Média e no misticismo medieval. As esperanças do
além não encontraram expressão apenas na elevação do centro da cruz; podem ser percebidas
também na altura crescente das catedrais góticas, que parecem desafiar as leis da gravidade.
Seu projeto cruciforme é o da cruz latina alongada (apesar de os batistérios, com suas fontes
batismais ao centro, serem construídos sobre a planta da verdadeira mandala)”...
JUNG, Carl G. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1964.

sábado, maio 22, 2010

"O sofrimento é passageiro, desistir é para sempre."
Lance Armstrong

quarta-feira, maio 12, 2010

O símbolo do círculo (1)

"A Dra. M.-L. Von Franz explicou o círculo (ou esfera) como um símbolo do self: ele expressa a totalidade da psique em todos os seus aspectos, incluindo o relacionamento entre o homem e a natureza. Não importa se o símbolo do círculo está presente na adoração primitiva do sol ou na religião moderna, em mitos ou em sonhos, nas mandalas desenhadas pelos monges do Tibete, nos planejamentos das cidades ou nos conceitos de esfera dos primeiros astrônomos, ele indica sempre o mais importante aspecto da vida — sua extrema e integral totalização.
Um mito indiano da criação conta que o deus Brama, erguido sobre um imenso lótus de milhares de pétalas , voltou seus olhos para os quatro pontos cardeais. Esta inspeção quádrupla, feita do círculo do lótus, era uma espécie de orientação preliminar, uma tomada de contas indispensável antes de ele começar o seu trabalho da criação.
Conta-se história semelhante a respeito de Buda. No momento do seu nascimento, uma flor de lótus nasceu da terra e ele subiu em cima dela para contemplar as 10 direções do espaço. (O lótus, neste caso, tinha oito pétalas; e Buda olhou também para o alto e para baixo, perfazendo10 direções.) Este gesto simbólico de inspeção foi a maneira mais concisa de mostrar que, desde o instante de seu nascimento, Buda foi uma personalidade única, destinada a receber luz. Sua personalidade e existência ulterior receberam o cunho da unidade.
Esta orientação espacial realizada por Brama e por Buda pode ser considerada um símbolo da necessidade de orientação psíquica do homem. As quatro funções da consciência descritas pelo Dr. Jung no capítulo inicial deste livro — o pensamento, o sentimento, a intuição e a sensação — preparam o homem para lidar com as impressões que recebe do exterior e do interior.
É através destas funções que ele compreende e assimila a sua experiência. E é ainda através delas que pode reagir. A inspeção quádrupla do universo feita por Brama simboliza a integração destas quatro funções que o homem deve alcançar. (Em arte, o círculo tem muitas vezes oito raios, exprimindo a superposição recíproca das quatro funções da consciência, que dão lugar a quatro outras funções intermediárias — por exemplo, o pensamento realçado pelo sentimento ou pela intuição, ou o sentimento inclinando-se para a sensação.)
Nas artes plásticas da Índia e do Extremo - Oriente o círculo de quatro ou de oito raios é o padrão habitual das imagens religiosas que servem de instrumento à meditação. No lamaísmo, particularmente dos tibetanos, mandalas ricamente ornamentadas representam um importante papel. Em geral elas significam o cosmos na sua relação com os poderes divinos." [...]

JUNG, Carl G. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1964.

segunda-feira, maio 10, 2010

"o coqueiro coqueirando
as manobras do vermelho
no branqueado do azul..."

Guimarães Rosa

"Pequeno código poiético de uma construção"

Por que começar um trabalho fixando o olho na cor? Nunca soube explicar ao certo... Deixo um trecho de minha Dissertação de Mestrado – Ofertórios em que, trato dessa questão.

Ofertório - “Bondade foi quando disseste: Florinhas, d’agora sois minhas, sois doutro jardim”; 2007; 50 cm Ø; Materiais diversos (Botões, guardanapo de papel, adesivos, mãos de brinquedo, fita de cetim, anéis, rosário, bordado inglês, imagens xerográficas, imagem de livro de história da arte) sobre bandeja de papelão (Usada para “oferenda” em religiões afro-brasileiras).

"Por obsessão, uma determinada cor.
Tudo é cor.
Não sei olhar qualquer coisa sem fixar na cor.
Vibração.
Essa é a explicação pelo fascínio da cor.
Mais que ver, tocar em objetos coloridos, me deixa alerta, latente, por vezes até desconcertado.
Vibrante.
Ao começar um novo trabalho a cor fixa.
A partir dela idealizo e realizo a obra.
A cor domina e prende em seus encantamentos, enche de quebrantos, deslumbra e atrai irresistivelmente.
Não imagino começar um trabalho, seja lá qual for à técnica e o suporte que, não fascine e ofusque os olhos à cor.
Sempre que penso em memórias e, rememoro, não são cheiros ou gostos que falam primeiro mesmo sendo do “gosto das rosquinhas fritas da infância”, o que vem primeiro é minha bisavó amassando aquela massa lisa “cor de massa de rosquinha”; um doce amarelo claro, fruto da mistura de ovos com manteiga. Cor palpável e tangível.
O olhar se enche de descobertas, torna-se incontrolável e, na cor, que se faz parceira do olhar procuro não enfeitar mais o mundo mas, encontrar sua plenitude no comum da beleza do cotidiano colorido.
Indiferente a minha presença, a cor inunda o olhar e emite seus primeiros gritos frente a minha presença espantada.
Por horas, dias, semanas.
Hoje é verde.
Tudo é verde.
Vestir verde, comer salada verde, reparar nas pessoas que na rua vestem verde.
Verde e vermelho de flores da lojinha de R$ 1,99."
...
Ofertórios - Dissertação de Mestrado/ Luciano Santos - Orientação Icleia Cattani / Não Publicado

quinta-feira, maio 06, 2010

"Na realidade trabalha-se com poucas cores. O que dá a ilusão do seu numero é serem postas no seu justo lugar."
Pablo Picasso


Mais Teoria de cor – "Primárias"

O conjunto RYB (red, yellow, blue - vermelho, amarelo e azul) é um conjunto histórico de cores primárias subtrativas. Ele é usado principalmente em arte e educação artística, particularmente em pintura.Ele é anterior à teoria das cores científica moderna.
O RYB é a tríade de cores primária em um círculo cromático. As cores secundárias VOG (violeta, laranja e verde) fazem outra tríade. As tríades são formadas por três cores equidistantes em um círculo cromático particular, mas nem RYB nem o VG são equidistantes em um círculo cromático perceptualmente uniforme, mas foram definidos como sendo equidistantes no círculo RYB.

terça-feira, maio 04, 2010

A vida tem a cor que você pinta.
Mário Bonatti

COR

A cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fotons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso.
A cor de um material é determinada pelas médias de frequência dos pacotes de onda que as suas moléculas constituintes refletem. Um objeto terá determinada cor se não absorver justamente os raios correspondentes à frequência daquela cor.
Assim, um objeto é vermelho se absorve preferencialmente as frequências fora do vermelho.
A cor é relacionada com os diferentes comprimento de onda do espectro eletromagnético. São percebidas pelas pessoas, em faixa específica (zona do visível), e por alguns animais através dos órgaos de visão, como uma sensação que nos permite diferenciar os objetos do espaço com maior precisão.
Considerando as cores como luz, a cor branca resulta da sobreposição de todas as cores, enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em todas as cores (o espectro) por meio de um prisma. Na natureza, esta decomposição origina um arco-íris.

Círculo

Na Matemática, um círculo ou disco é o conjunto dos pontos internos de uma circunferência. Por vezes, também se chama círculo ao conjunto de pontos cuja distância ao centro é menor ou igual a um dado valor (ao qual chamamos raio).
A área A' de um círculo pode ser expressa matematicamente por:
onde r é o raio da circunferência e π (Pi) uma constante.


sábado, maio 01, 2010

"Nenhum trabalho de qualidade pode ser feito sem concentração e auto-sacrifício, esforço e dúvida."

Maxx Beerbohm

Concentração - Um ator errante. . .

Imaginem que você estão sendo atacados por dez pessoas ao mesmo tempo. Se fixarem suas concentração em somente um de seus atacantes, serão mortos pelos outros nove. Mas se rebaterem golpe por golpe, de onde quer que venham, se reagirem ao golpe, não ao atacante, então reagirão de maneira eficaz. Seus espíritos flutuarão num presente puro. Passam a não pensar no assalto que acabaram de sofrer, nem ao que poderá suceder. Concentram-se como reagir e enfrentar imediatamente a investida seguinte: assim parecerá que vocês combatem apenas um adversário. Se pensarem nos dez, serão esmagados. Mas, combatendo instante após instante, todo o combate consistira em um único ataque. Em cena, é a mesma coisa. Estejam presentes para seus parceiros. Não fixem sua atenção nesse ou naquele aspecto da representação. Deixem-se reagir ao que fazem seus companheiros e descobrirão dessa maneira os reflexos de sua própria natureza.

... “Ou seja, uma vez adquirida a técnica da concentração total, pode-se esquece-la. O objetivo ultimo é o de nunca ter de se concentrar na concentração. Não se deve ter consciência daquilo que faz a própria consciência. (Não devemos ter consciência daquilo que nossa própria consciência faz.)”

sexta-feira, abril 30, 2010

"Só entende o valor do silêncio quem tem necessidade de calar para não ferir alguém."
Rousseau

O valor do silêncio e saber ouvir...

Esvazie-se por dentro e aprenda o valor do silêncio. Quem fala muito, impede o cérebro de pensar. Quem traz montanhas de idéias, pode se transformar num arquivo inútil. Aprenda a ouvir. Observe-se, há um diálogo interno intenso dentro de você, realizando contendas, pedindo explicações de tudo e todos; investigando o certo e o errado; querendo a todo custo avaliar isso e aquilo.

E esse burburinho intenso tira de você a paz interna, necessária para que aconteça o encontro da sua personalidade com sua alma, para a realização da sua aventura maior que é viver com qualidade e alegria.

quarta-feira, abril 28, 2010

DAS UTOPIAS

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
 
Mário Quintana

domingo, abril 25, 2010

"A hora é agora; e eu SOU este momento...
O que me traz a felicidade é a Jornada; e não o Destino!
Nada permanece o mesmo..."
 
Samy Bazzi

sábado, abril 24, 2010

Inspiração

Um pouco de Mitologia....

Musas da Mitologia Grega

As musas eram nove deusas das artes e ciências na mitologia grega. Eram filhas de Zeus, o rei dos deuses, e de Mnemosine, a deusa da memória. Cada musa protegia uma certa arte ou ciência. Viviam no Monte Olimpo com seu líder, o deus Apolo. Com ele permaneciam jovens e belas eternamente, e com ele aprenderam a cantar. Podiam ver o futuro, o que poucos deuses podiam fazer, tinham também o dom de banir toda tristeza e dor. As musas tinham vozes agradáveis e melódicas e freqüentemente cantavam em coro. Os primeiros escritores e artistas gregos pediam inspiração às musas antes de começar a trabalhar. Qualquer uma delas podia ser invocada, apesar de cada uma proteger uma arte ou ciência especial. Musa é uma palavra que vem do grego "mousa"; dela derivam museu que, originalmente significa "templo das musas", e música que significa "arte das musas".

Terpsícore

Calíope: considerada a chefe das musas, é a deusa da poesia épica. Algumas vezes é retratada carregando uma tábua de escrever. Calíope sabia tocar qualquer instrumento.
Clio: deusa da história, seu símbolo é um rolo de pergaminho e sempre carrega uma cesta com livros. É creditada a ela a introdução do alfabeto fenício na Grécia.
Erato: deusa da poesia de amor; seu símbolo é a lira.
Euterpe: deusa da música e da poesia lírica, seu símbolo é a flauta. Dizem que foi ela que inventou a flauta e outros instrumentos de sopro.
Melpômene: deusa da tragédia; seu símbolo, uma máscara trágica e usa botas como os antigos atores de dramas.
Polímnia: deusa da poesia sacra e dos hinos; seu símbolo é um véu e é sempre retratada com um semblante sério e pensativo.
Terpsícore: deusa da dança, seu símbolo é uma lira ou címbalos. Inventou a dança, usa uma coroa de louros e está sempre carregando um instrumento musical em suas mãos.
Thalia: deusa da comédia, seu símbolo é uma máscara cômica.
Urania: deusa da astronomia, seu símbolo, um globo e um par de compassos.

QUE NOS INSPIRE SEMPRE!!!

segunda-feira, abril 19, 2010

"Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo... Mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade..."

Walt Disney

domingo, abril 18, 2010

Condicionamento físico pra dança ...

Você já sentiu um baita cansaço depois de uma apresentação? Dores no corpo após longas horas de ensaio, treino ou um sábado inteirinho de aulas? Foi fazer uma caminhada, nadar e ficou acabada? Hum... seria certo dizer que você precisa melhorar seu condicionamento físico?

quinta-feira, abril 15, 2010

"Onde há música não pode haver coisa má."
Miguel de Cervantes

Música x Musicalidade

O que é a música? Como ouvi-la? Estas perguntas assolam continuamente a nós que gostamos de cantar e também a nós que gostamos de ouvir... É complicado descrever sucintamente o que é boa música. Existem muitas técnicas para cantar e tocar. É preciso muita "bagagem" para ouvir. Isso nos leva a declamar as palavras fatídicas: "Gosto dessa música, não gosto desta."

Vamos aprender a ouvir a música? Não apenas como um sentido simples que a audição permite, mas ouvir com um novo sentido, que definiremos adiante...

“Há uma distinção entre música e musicalidade que muitos não percebem e que mostra-se como o mais importante nó desta cadeia. A diferença é simples, mas nem sempre compreendida: música é racional, musicalidade é emocional”.

O que acontece se a gente mistura razão e emoção?

segunda-feira, abril 12, 2010


Quero para mim o espírito desta frase,
transformada a forma para a casar com o que eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.

Fernando Pessoa

Interdisciplinaridade

Que se entende por interdisciplinaridade?
Como se dá nossa relação com o mundo social, natural e cultural? Esta relação se dá fragmentada, de tal modo que cada fenômeno observado ou vivido é entendido ou percebido como fato isolado? Ou essa relação se dá de forma global, entendendo que cada fenômeno observado ou vivido está inserido numa rede de relações que lhe dá sentido e significado. Enfim como se dá o conhecimento? E como se realiza um fazer docente pautado no conceito de interdisciplinaridade?

quinta-feira, abril 08, 2010

A DANÇA E SUA CARACTERÍSTICA SAGRADA


"A dança e sua característica sagrada pretende mostrar, através de uma abordagem histórica, que a Dança, hoje considerada uma das artes mais complexas, está presente na vida do homem desde os
períodos mais remotos e sua origem foi como ato sagrado. O trabalho ora apresentado se preocupa em resgatar o valor do movimento do corpo como parte da vida cotidiana do homem e não como se considera na atual idade, uma arte, uma diversão ou mesmo um recurso para manter ou realçar a beleza do corpo. Trata -se de uma abordagem inicial e parcial sobre o tema que nos remete à necessidade de estudos mais aprofundados tanto pelo ponto de vista historiográfico quanto pelo filosófico".


 por Marta Claus Magalhães Graduada em Filosofia pela UFSJ – Universidade Federal de São João del -Rei, Pós- graduada em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter – Porto Alegre. Especialista em Dança Clássica pela Royal Acad emy of Dancing of London

segunda-feira, abril 05, 2010


"Nós somos do tecido de que são feitos os sonhos."

quarta-feira, março 31, 2010

Inspiração

O que ensaio, dedicação e um pouquinho de 'criatividade' podem fazer...

terça-feira, março 30, 2010

Consciência Corporal

Vejamos que interessante o que diz a reportagem “O primeiro passo (por Priscilla Santos)” da revista Vida Simples ao propor a dança contemporânea não para a formação de bailarinos profissionais, mas como forma de autoconhecimento. Transcrevo trecho da reportagem, pois vale a pena entender o corpo no processo da dança.

Conhece-te a ti mesmo
Se queremos nos expressar por meio do corpo, é preciso antes conhecê-lo. Saber o que existe lá dentro, quais são as direções dos ossos, músculos e articulações, esmiuçar cada detalhe como uma criança que desmonta um brinquedo para ver como funciona. Em geral, mantemos o corpo adormecido. Somos criados dentro de certos padrões e ficamos acomodados naquilo, escreve o bailarino e coreógrafo Klauss Vianna (1928-1992), criador da técnica de consciência corporal no Brasil, no livro A Dança. Esses velhos padrões vão criando as couraças musculares, que nos impedem de explorar as potencialidades do corpo e ainda nos geram aquelas dorzinhas chatas. É o jeito torto de deitar para assistir TV ou o hábito de ficar sentado o dia todo. Assim, acabamos usando alguns músculos demais e outros de menos, criando tensões desnecessárias.
É curioso, no dia seguinte a uma aula de dança contemporânea (como as que fiz para escrever esta reportagem), sentir uma dorzinha num músculo que você nem sabia que existia, ou se dar conta de que sempre botou o esforço no lugar errado na hora de fazer um movimento simples como levantar a perna. Numa aula, o professor pode propor que você massageie seu pé (ou o do colega) enquanto explica o nome de alguns ossos, suas funções e por aí vai.
Pois a dança surge de nossos processos internos, ou seja, de como nossos músculos se movem, como os ossos se encaixam e como colocamos emoção em nossa massa. Daí a idéia de buscar a dança que existe dentro de cada um. Para isso, é preciso estar atento ao corpo, o tempo inteiro. Para Klauss Vianna, a aula de dança começa pela manhã, quando abrimos os olhos na cama. O aquecimento interno ocorre na rua, no chuveiro, no trânsito. Assim, mudar a posição do sofá ou o local de dormir dentro da própria casa são estímulos que geram conflitos e novas musculaturas em nosso cotidiano: espaços novos, musculatura nova, visão nova. E não é só levar a dança para o dia-a-dia ou vice-versa. Mais que isso: reconhecer que essa divisão não existe, pois o corpo que dança é o mesmo que corre, brinca, come, ama e sofre. Quanto mais levarmos em conta essa dimensão existencial revelada por meio do nosso corpo, quanto mais considerarmos as dúvidas e os questionamentos que nascem na relação com o mundo exterior, mais proveitoso poderá vir a ser o trabalho realizado e tanto mais rico o resultado obtido, escreve Klauss.